Concreto é um material resultante da mistura íntima e proporcionada de um aglomerante (cimento), agregado miúdo (areia), agregado graúdo (brita) e água. É o material mais importante da construção civil, onde tem inúmeras aplicações: estruturas, pavimentos, paredes, fundações, barragens, reservatórios, etc.
Para obtenção de um bom concreto de acordo com sua finalidade, devem ser efetuadas com perfeição as operações básicas de produção do material, a saber: dosagem, mistura, transporte, lançamento, adensamento e cura. Por isso são estudadas propriedades do concreto fresco que influem nas propriedades do concreto endurecido.
As operações básicas de produção do concreto são:
Dosagem: Estudo, indicação das proporções e quantificação dos materiais componentes da mistura, afim de obter um concreto com determinadas características previamente estabelecidas.
Mistura: Dar homogeneidade ao concreto, isto é, fazer com que ele apresente a mesma composição em qualquer ponto de sua massa.
Transporte: Levar o concreto do ponto onde foi preparado ao local onde será aplicado, podendo ser dentro da obra ou para ela, quando misturado em usina ou fora dela.
Lançamento: Colocação do concreto no local de aplicação, em geral, nas formas.
Adensamento: Compactação da massa de concreto, procurando retirar-se dela o maior volume possível de vazios - Ganho de resistência.
Cura: Conjunto de medidas com o objetivo de evitar a perda de água (evaporação) pelo concreto nos primeiros dias de idade, água essa necessária para reação com o cimento (hidratação). A seguir apresentamos a TABELA CONSUMO, com o consumo de materiais para se produzir um m³ de concreto.
Ainda temos a TABELA ARGAMASSAS, com as argamassas mais utilizadas.

TABELA CONSUMO DE MATERIAIS POR M³ DE CONCRETO
Passe o cursor constantemente sobre o traço p/ ver suas principais aplicações

TRAÇO EM
VOLUME

CONSUMO POR M³ DE CONCRETO

RESISTÊNCIA A
COMPRESSÃO
(provável) - MPa

TRAÇO EM
MASSA

CIMENTO

AREIA

BRITA

ÁGUA

C : A : B

kg

Saca 50kg

Litro

Seca (L)

Úmida (L)

Nº. 1 (L)

Nº. 2 (L)

Litros para
areia seca

3 dias

7 dias

28 dias

C : A : B

TRAÇO 1 : 1 : 2  - Empregos: Somente em casos muito especiais, exigirão na prática a adoção deste traço de concreto. Nos laboratórios é comum ser usado para a caracterização dos cimentos, pelas curvas clássicas de resistência. Quando inevitável o seu emprego na obra, recomendamos uma atenção toda especial para o problema da cura ou sazonamento e proteção das peças com ele moldadas.

514

10,30

363

363

465

363

363

226

22,8

30,0

40,0

1 : 1,08 : 1,96

TRAÇO 1 : 1,5 : 3 - Nada temos a acrescentar ao que já dissemos quando tratamos do traço anterior (1 : 1 : 2), sendo este concreto também dos de elevado consumo de cimento, recomendamos toda a atenção para a cura e proteção das peças com ele moldadas.

387

7,70

273

409

524

409

409

189

18,8

25,4

35,0

1 : 1,63 : 2,94

TRAÇO 1 : 2 : 2,5 - Empregos: Como para os dois traços anteriores, este traço só deverá ser usado na prática em casos especiais. Chamamos ainda a atenção para a cura e proteção das peças com ele moldadas.

374

7,50

264

528

676

330

330

206

14,8

20,8

29,8

1 : 2,17 : 2,44

TRAÇO 1 : 2 : 3 - Empregos: Este traço inicia a série de concretos utilizáveis nas obras correntes. Recomendamos particularmente o seu emprego em fundações (superficiais ou profundas), pavimentações, reservatórios, marquises, cortinas em sub-solo, muros de sustentação ou, de um modo geral, em todos os serviços em concreto armado, expostos à ação do tempo ou da água. Na pré-fabricação de peças estruturais, pode prestar ao Engenheiro, serviços inestimáveis.

344

6,90

243

486

622

364

364

210

11,7

17,2

25,4

1 : 2,17 : 2,94

TRAÇO 1 : 2,5 : 3 - Empregos: Este traço contém um pouco mais de areia que o traço anterior (1 : 2 : 3), por este motivo tenderá a encher com maior facilidade as fôrmas com "muita armadura". É apropriado para peças de estrutura protegidas da ação do tempo e da água.

319

6,40

225

562

719

337

337

207

10,0

15,0

22,8

1 : 2,71 : 2,94

TRAÇO 1 : 2 : 4 - Empregos: É um dos traços mais citados nos Cadernos de Encargos e Especificações. Há quem o indique para o concreto armado protegido. Recomendamos, porém, sempre a sua substituição pelo traço 1 : 2,5 : 3,5 em volume, o qual dará um concreto mais "macio" gastando menos cimento por m³ de concreto "virado". Caso não seja possível fugir à fórmula 1 : 2 : 4, a "aspereza" poderá ser atenuada por um jogo granulométrico bem conduzido.

297

5,94

210

420

538

420

420

202

9,0

13,7

21,0

1 : 2,17 : 3,92

TRAÇO 1 : 2,5 : 3,5 - Empregos: Excelente para peças com "muita armadura" protegidas da ação do tempo e da água.

293

5,86

207

517

662

362

362

208

8,0

12,3

19,5

1 : 2,71 : 3,42

TRAÇO 1 : 2,5 : 4 - Empregos: Na pré-fabricação de peças de pequeno porte.

276

5,50

195

487

623

390

390

201

7,4

11,4

18,5

1 : 2,71 : 3,92

TRAÇO 1 : 2,5 : 5 - Empregos: É um traço intermediário, o qual para dizermos a verdade muito poucas vezes temos recomendado. Na prática, quando o construtor vai usar a vibração e quer dispender tempo com a granulometria dos concretos vibrados, emprega este traço como ponto de partida, para a moldagem de obras correntes protegidas.

246

4,90

174

435

557

435

435

195

5,8

9,4

15,7

1 : 2,71 : 4,89

TRAÇO 1 : 3 : 5 - Empregos: Quando a correção do inchamento da areia for feita com critério e obedecidos os detalhes que aqui apontamos, essa fórmula levará a um bom concreto, embora não o possamos, por razões de ordem técnica, lembrar como substituto do traço 1 : 2,5 : 3,5 em volume, diremos ser seu emprego feito "por muita gente" com esse objetivo, com mais frequencia do que podemos pensar. A pré-fabricação de peças robustas não armadas tem nesse traço uma solução de resultados certos.

229

4,60

162

486

622

405

405

202

4,0

7,0

12,4

1 : 3,25 : 4,89

TRAÇO 1 : 3 : 6 - Empregos: Sob certas condições técnicas, é este traço muito citado pelos tratadistas para fundações não armadas, blocos em degraus por exemplo. Para nós, no entanto, que sabemos e conhecemos as desvantagens de procurar "ganhar dinheiro" também no concreto de Fundações, julgamos pouco fascinantes essas aplicações. É um traço de concreto relativamente pobre em cimento, o último da escala de utilização que adotamos, sua moldagem exigirá cuidado. Servirá também para a execução de certos serviços preparatórios.

208

4,20

147

441

564

441

441

198

3,0

5,4

10,0

1 : 3,25 : 5,87

TRAÇO 1 : 4 : 8 - Empregos: este traço só deverá ser usado em serviços secundaríssimos tais como leitos e camadas preparatórias dada a sua pobreza em cimento. Não há mais coesão, sendo a segregação (separação dos agregados) sua linha predominante. A rigor, esse traço não conduz mais a concreto na verdadeira acepção da palavra - VERIFIQUE se a betoneira de que dispõe na obra comporta esse traço pois seu rendimento por saca de 50kg de cimento é de 312,5 litros.

161

3,20

114

456

584

456

456

194

Não

Não

Não

1 : 4,34 : 7,83

DADOS GERAIS

AREIA

BRITA 1 e 2

CIMENTO

SACA DE CIMENTO

FATOR DE CONVERSÃO

MASSA ESPECÍFICA REAL

2,62

2,56

3,05

50kg = 35,3 litros

1MPa = 10kgf/cm²

MASSA ESPECÍFICA APARENTE

1,54

1,39

1,42


Argamassa é uma mistura íntima de um ou mais aglomerantes, agregado miúdo e água (os aditivos, quando também misturados, podem melhorar determinadas propriedades da argamassa.
Pasta (material ativo) + Agregado (material inerte) = Argamassa
A adição de agregado miúdo à pasta, além de baratear o produto, diminui a variação de volume (retração) das argamassas, especialmente as de rendimento. A qualidade de uma boa argamassa pode ser verificada pelas seguintes condições:
Resistência Mecânica / Compacidade / Impermeabilidade / Aderência / Constância de Volume / Durabilidade.
A maior ou menor importância de cada condição acima depende da finalidade da argamassa. Em geral obtém-se qualidade com total aderência e envolvimento de todos os grãos do agregado pela pasta e com o preenchimento dos vazios entre os grãos também pela pasta. Classificação das argamassas:
- De acordo com o tipo de aglomerante: Aéreas (de cal aérea e gesso), hidráulicas (de cimento) ou mistas (de cal aérea e cimento).
- De acordo com o número de elementos ativos: Simples (apenas um elem. ativo) ou composta (+ de um elem. ativo).
- De acordo com a dosagem: Pobres ou magras (Vol. de pasta < Vol. vazios do agregado), Cheias (Vol. de pasta = Vol. vazios do agregado) ou
Ricas ou gordas (Vol. de pasta > Vol. vazios do agregado).
- De acordo com a consistência: Secas, Plásticas ou Fluidas. Cimento + Água = Pasta / Pasta + Areia = Argamassa //Argamassa + Brita = Concreto / Concreto + Armação = Concreto Armado Agora, apresentamos os traços mais comuns de argamassas para diferentes utilidades.

TABELA ARGAMASSAS
As argamassas mais utilizadas na construção civil e suas aplicações

SERVIÇO

UNID

CIMENTO

CAL
HIDRATADA

AREIA

SAIBRO

CONSUMO (m³)
DE ARGAMASSA
POR m² DE SERVIÇO

CONSUMO POR M³ DE ARGAMASSA

CIMENTO

CAL

AREIA (m³)

SAIBRO

kg

kg

CATEGORIA

SECA

3% UMIDADE

CHAPISCO

1

-

4

-

0,005

342,1

-

G.L.

_1,052_

1,294

-

EMBOÇO INT

-

1

4

-

0,015

-

_167,0_

M.L.

1,096

1,348

-

EMBOÇO EXT

1

2

9

-

0,020

181,3

181,3

M.L.

1,216

1,496

-

REBOCO INT

-

1

4

-

0,005

-

167,0

F.L.

1,096

1,346

-

REBOCO EXT

-

1

3

-

0,005

-

240,5

F.L.

1,112

1,358

-

_EMBOÇO EXT/INT_

1

-

-

8

0,020

225,0

-

-

-

-

1,25

EMBOÇO EXT/INT

1

-

-

6

0,020

230,0

-

-

-

-

1,14


Mistura das argamassas em betoneiras:

Mistura manual das argamassas: